O Superior Tribunal de Justiça (STJ) impôs mais um revés ao empresário Luís Antônio Taveira Mendes, herdeiro político do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes. Com a nova negativa ao seu habeas corpus, o filho do mandatário estadual segue impedido de recuperar o passaporte e continua sob restrições judiciais, ampliando o desgaste do clã Mendes diante de uma ofensiva jurídica implacável. Essa nova derrota no STJ se soma a outra decisão anterior, consolidando um cenário de fracassos consecutivos para a defesa do empresário.
As recusas sucessivas da mais alta corte infraconstitucional do país são um indício inequívoco da seriedade das acusações que pairam sobre Luís Antônio, investigado por seu envolvimento no contrabando milionário de mercúrio. O ministro Rogério Schietti Cruz, ao rejeitar o pedido, apontou riscos concretos de que sua liberdade irrestrita comprometa a ordem pública e a aplicação da lei penal. O STJ, assim, reafirma a necessidade de medidas cautelares rigorosas contra um agente cuja participação em uma engrenagem criminosa sofisticada está cada vez mais evidente.
Diante da escalada de derrotas jurídicas, o governador Mauro Mendes começa a sentir os efeitos colaterais do cerco judicial ao filho. O discurso de controle e governabilidade dá sinais de fragilidade, enquanto a crise se desenha como uma bomba de efeito retardado para seu capital político. Cada novo revés no STJ não apenas expõe a vulnerabilidade do empresário, mas também levanta questionamentos sobre a profundidade da rede de influência e os desdobramentos que podem atingir o núcleo do governo estadual.
