
Causando revolta e indignação, o prefeito Abílio Brunini tentou encerrar a distribuição de marmitas para moradores de rua em Cuiabá. A proposta gerou forte oposição, culminando na intervenção do Ministério Público Estadual (MPE), que firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) obrigando o município a manter as refeições. Essa tentativa de desamparo expõe uma gestão desconectada da realidade social de quem mais precisa.
Com o número não muito expressivo da população em situação de rua, a alimentação se tornou um pilar de sobrevivência para centenas de pessoas. A atitude do prefeito, vista por muitos como insensível e irresponsável, demonstra uma política de exclusão, agravando a vulnerabilidade de quem já vive às margens da sociedade.
A intervenção do MPE foi crucial para impedir que a medida do prefeito avançasse. O acordo, homologado pelo Judiciário, garante o fornecimento das refeições e reforça a necessidade de políticas públicas duradouras que priorizem os direitos humanos. Além disso, o TAC incentiva o diálogo com a sociedade civil, que historicamente colabora para apoiar essa população.
É preciso reconhecer a atuação exemplar do Ministério Público, que reafirmou o compromisso com a dignidade dos cidadãos mais vulneráveis. Que essa vitória sirva de alerta: não há espaço para retrocessos em direitos fundamentais.