
Vivemos tempos sombrios. O caos urbano nos espreita nas esquinas, a violência bate à porta, e a sensação de insegurança se tornou um personagem fixo no teatro da nossa existência. Estamos todos à mercê de um destino incerto, reféns da nossa própria inércia diante do crime que se sofisticou e se multiplicou como um vírus implacável.
E então surge Mauro Zaque, um promotor respeitado, um daqueles raros homens que ainda acreditam que a justiça pode ser uma lâmina afiada e não apenas um artefato decorativo nos tribunais. Seu livro, “Guia de Segurança Pessoal”, não é um amontoado de teorias frias, escritas do alto de um gabinete blindado. Não. É um alerta, um chamado à razão, um manual necessário para tempos insanos.
Aqui, Zaque não se limita a apontar o dedo para a desgraça. Ele entrega um mapa, uma bússola, um escudo. Expõe as engrenagens do crime, desmonta suas estratégias e ensina o cidadão comum – sim, você, que lê isto entre um gole de café e um bocejo de tédio – a se proteger. Não há promessas mirabolantes, apenas procedimentos práticos e eficientes, que podem ser aplicados sem grandes investimentos, mas com impacto direto na autopreservação.
A obra de Zaque é um soco na cara da negligência. Um livro que deveria estar nas mesas de todos: do executivo ao estudante, do policial ao jornalista. Porque a insegurança é um mal democrático – escolhe suas vítimas sem critério.
Então, se há algo que podemos fazer além de reclamar do estado falido das coisas, é absorver o conhecimento de quem entende do assunto. Mauro Zaque oferece um guia. Cabe a nós decidir se queremos continuar reféns ou finalmente nos tornarmos protagonistas da nossa própria segurança.