Novo adjunto em MT foi réu por usar presos para obras em sua casa em Roraima

Secretário adjunto de Administração Penitenciária de MT foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública de Roraima em meio a denúncias de perseguição e monitoramento de parlamentares opositores do governo local

O novo secretário adjunto de Administração Penitenciária de Mato Grosso, o policial penal federal André Fernandes Ferreira, já enfrentou duas denúncias, uma delas de improbidade administrativa, em Roraima, aonde ocupou os cargos de secretário de Justiça e Cidadania e de Segurança Pública.

O anúncio da nomeação de Fernandes foi feito pelo governador Mauro Mendes (União), durante o lançamento do “Programa Tolerância Zero ao Crime Organizado”, nesta segunda-feira (25).

Em uma das denúncias que gerou uma ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual de Roraima, André Fernandes foi acusado de utilizar a mão de obra de dois presos da Cadeia de Boa Vista – um condenado por estupro e outro por tráfico de drogas – para fazer uma cerca em sua casa, sem autorização da Justiça.

À época dos fatos secretário de Justiça, era atribuição de André Fernandes chefiar a administração do sistema penitenciário de Roraima.

O caso ganhou repercussão nacional depois de uma reportagem exibida pelo Jornal Hoje, da TV Globo, em outubro de 2019.

No entanto, no ano passado, a Justiça de Roraima absolveu André Fernandes da acusação de improbidade administrativa e o processo contra ele foi encerrado, conforme noticiou o site FolhaBV.

Imagens divulgadas no Jornal Hoje mostraram presos construindo cerca na casa de André Fernandes, então secretário de Justiça de Roraima (Reprodução/TV Globo)

À época de sua atuação como secretário de Segurança Pública de Roraima também enfrentou denúncias junto ao Poder Legislativo de Roraima de uso da máquina pública para tentativa de intimidação de um deputado estadual.

Em maio de 2023, André Fernandes compareceu ao plenário da Assembleia Legislativa de Roraima para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de uma aparato policial que teria sido usado para intimidar o deputado Jorge Everton (União), durante um evento em Rorainópolis, interior do estado.

À época, o parlamentar concorria a uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR).

Segundo o site Roraima 1, na sessão plenária, André Fernandes argumentou que havia acabado de deixar o cargo de deixar o cargo de secretário de Justiça e assumir a Secretaria de Segurança Pública e solicitou que, pela natureza das ações de polícia e a ausência na sessão do chefe do Setor de Inteligência da Sesp-RR, Miroslav Neves dos Santos, informações sigilosas do setor fossem repassadas de forma privada. Santos não foi ao Plenário da ALE-RR por participar de uma audiência no TRE-RR.

“Estava viajando. Somente ontem [terça-feira, 2], tomei posse da cadeira de secretário. Durante o fim de semana, fui comunicado da situação pelo próprio Jorge Everton. Quando retornei, chamei Ellan e Miro para que explicassem essa situação”, declarou o então secretário à AL-RR.

O deputado roraimense Jorge Everton (União) foi ouvido pelo Isso É Notícia nesta terça-feira (26) e afirmou que acredita que André Fernandes não esteve envolvido no caso de sua tentativa de intimidação e que ele executou um bom trabalho no sistema prisional no estado.

Conforme divulgou o site Roraima Aqui Agora, André Fernandes foi exonerado do cargo de secretário em maio de 2024 em meio a denúncias de que parlamentares estavam sendo monitorados pela Segurança Pública do estado.

Fonte; Alexandre Aprá
redacao@issoenoticia.com.br

Recommended Posts