Mauro Mendes: O Camaleão Político de Mato Grosso e Sua Eterna Busca pela Onda Perfeita

Se houvesse um campeonato de surfe eleitoral no Brasil, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, certamente estaria no pódio. Ele não precisa de mar, nem de prancha – sua especialidade é pegar carona nas ondas políticas do momento. Se ontem ele era socialista e entusiasta do PSB de Miguel Arraes, hoje veste a camisa verde e amarela e se fantasia de bolsonarista raiz. Mas cuidado, porque se a maré mudar, ele já deve estar preparando sua nova identidade política.

A trajetória de Mendes é um verdadeiro desfile de figurinos. Em eleições passadas, já apareceu abraçado com Lula, posou ao lado de Dilma, sorriu para fotos com Silval Barbosa e, quando a onda direitista cresceu, lá estava ele de amarelo ao lado de Bolsonaro. Agora, tenta colar na imagem da direita raiz como se fosse seu berço político desde sempre – mas com um detalhe: sua calça apertada, digna de cantor sertanejo, tem feito alguns bolsonaristas torcerem o nariz e o apelidarem de “Dória Pantaneiro”.

O Efeito Playmobil: Pequeno no Tamanho, Grande na Adaptação

Mauro Mendes tem uma habilidade rara entre políticos: a capacidade de se moldar ao ambiente como um verdadeiro camaleão. Pequeno no porte físico, seu estilo lembra um boneco Playmobil que, dependendo da necessidade, pode ser um empresário liberal, um socialista convicto ou um direitista fervoroso. Se o futuro indicar que Marina Silva crescerá nas pesquisas, Mendes não hesitará em trocar a camiseta da Seleção por um colete de seringueiro e discursar sobre a importância da Amazônia. E se, por acaso, José Maria Eymael ressuscitar politicamente, não será surpresa ver Mendes com uma bandeirinha cantando “Eymael, um democrata cristão”.

A Culpa Nunca é Dele

Mas, se tem algo em que Mauro Mendes é fiel, é no hábito de terceirizar responsabilidades. A violência em Mato Grosso? Culpa do Congresso ou do governo federal. Os problemas do estado? Brasília que resolva. Se pudesse, Mendes jogaria até a seca no Pantanal nas costas da ONU e a falta de chuva em São Pedro. Afinal, para ele, governar é um detalhe menor quando se pode simplesmente surfar nas ondas do momento e culpar os outros quando o mar revolto ameaça derrubá-lo.

2026: O Que Vem Por Aí?

Agora, Mauro Mendes se prepara para 2026, buscando uma nova onda para surfar. Se o bolsonarismo continuar forte, ele estará lá, de verde e amarelo, criticando “esquerdistas globalistas”. Se o cenário mudar, não duvide: ele pode surgir com um boné do MST ou defendendo a volta da monarquia, caso D. Bertrand de Orleans e Bragança comece a ganhar tração eleitoral.

A única certeza é que Mauro Mendes não é de esquerda, nem de direita – ele é do lado que está vencendo. E se a onda perfeita não aparecer, ele sempre pode se candidatar a Mister Pantanal com sua calça justa e seu sorriso de quem está sempre pronto para o próximo clique eleitoral.

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