Passada uma semana desde que o delator na CPI do Congresso Nacional citou o governador Mauro Mendes, o ex-suplente de senador Cidinho Santos e o suposto chefe do núcleo criminoso investigado, em uma festa realizada em um resort de Santa Catarina, o silêncio do Palácio Paiaguás permanece ensurdecedor. As acusações estão registradas em vídeo da TV Senado, mas até agora Mendes não veio a público explicar sua presença ou ausência nesse episódio que envolve diretamente a investigação sobre o roubo bilionário contra aposentados do INSS — um dos maiores escândalos recentes no país.
Enquanto isso, o governador se limitou a aparecer nos noticiários por um suposto acidente no Parque Novo Mato Grosso, alegando ter caído em um buraco. Não apresentou nenhuma imagem da queda, tampouco documentos médicos de São Paulo que comprovassem seu estado de saúde. O contraste é gritante: diante da gravidade das denúncias feitas na CPI, que citam seu nome em um contexto de festa com o “chefe do núcleo criminoso”, Mauro Mendes prefere o silêncio e a falta de transparência. A sociedade mato-grossense e brasileira merece respostas claras e imediatas do governador, que não pode se esconder atrás de uma narrativa nebulosa de acidente enquanto seu nome ecoa no plenário do Congresso.
