
Redação do GD
Quatro pessoas da mesma família foram presos por fraudes em licitações na Prefeitura de Barão de Melgaço, na manhã desta quinta-feira (7), durante a Operação Gomorra. Os alvos são sócios das empresas envolvidas no esquema que faturou em 5 anos R$1.8 bilhão, dois deles estão foragidos.
Os suspeitos foram identificados como Edézio Correa, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Jânio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo, apenas Karoline Quatti não foi alvo de mandado de prisão.
Segundo o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), os sócios das empresas envolvidas no esquema de fraudes a licitações indicam que Edézio Correa é a figura central da organização criminosa constituída para fraudar licitações e obter vantagens indevidas em prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso.
Conforme o Naco, a partir dos cruzamentos dos dados de parentescos e quadros societários das empresas, foi possível estabelecer um diagrama de vínculos existentes entre as empresas Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda.
As investigações revelaram ainda que nos últimos 5 anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1.8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Durante a investigação, foram verificadas ainda movimentações financeiras entre as empresas envolvidas.
Segundo o Naco, as empresas investigadas atuam em diversos segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares.
Foram alvos de busca e apreensão as empresas pertencentes aos investigados e a Prefeitura de Barão de Melgaço.
Outras fases
Por se tratar de uma investigação complexa, o Naco não descarta a realização de novas fases da operação Gomorra com foco nas mais de 100 prefeituras e câmaras que possuem contratos homologados com as empresas investigadas.