Entre Farpas e Fatos: Deputado Federal Assis Eleva o Debate com Equilíbrio e Clareza

Poderíamos esperar de um deputado de oposição discursos inflamados e gestos teatrais, mas Coronel Assis, com a serenidade de um estrategista, reafirma sua posição como uma voz ponderada em um ambiente político em constante ebulição. Em entrevista ao Jornal Estadão de Mato Grosso, Assis conduziu uma análise equilibrada sobre um tema sensível: os brasileiros deportados pelos Estados Unidos sob o governo Biden.

Sem recorrer ao sensacionalismo ou ataques vazios, o parlamentar tocou na ferida com um tom quase clínico, apontando que a recente polêmica envolvendo deportações segue protocolos americanos adotados desde os anos 1980. “Se você vai pra lá e é pego infringindo a lei americana, está sujeito ao protocolo”, disse ele, com uma objetividade desconcertante para aqueles acostumados com a retórica inflamada de Brasília.

Assis ainda foi além: comparou as reações do governo Lula ao que chamou de “um ato falho da esquerda” por não analisar cuidadosamente as mudanças nas declarações de outros governos. Sem desferir ataques frontais, ele deixou no ar o que seria o verdadeiro “tiro no pé”: a incapacidade de reconhecer a continuidade de políticas internacionais que transcendem governos.

Aqui está o Coronel Assis em sua essência: um homem que, ao invés de brandir a espada da oposição como um espadachim desajeitado, prefere o bisturi da análise racional. Ainda que crítico do governo atual, Assis evita o fácil maniqueísmo e convida o público a enxergar os complexos bastidores das relações internacionais e a responsabilidade do Brasil em articular suas demandas de forma diplomática.

Talvez o segredo de Coronel Assis seja seu entendimento de que, no teatro político, menos é mais. Quando a plateia espera explosões, ele oferece equilíbrio. Quando aguardam ataques, ele entrega ponderação. É esse estilo que desafia tanto aliados quanto opositores, que o coloca no raro patamar de um político capaz de desarmar pela lógica.

Em tempos em que o grito parece sufocar a razão, Coronel Assis, com sua serenidade quase cartesiana, nos lembra que é possível ser firme sem ser incendiário. E, no Brasil de hoje, isso já é quase uma revolução.

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