Brasil Refém do Rentismo: Mangabeira Unger Critica Submissão Econômica dos Últimos Presidentes

O economista e filósofo Roberto Mangabeira Unger fez duras críticas aos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro, acusando-os de permitir que o rentismo financeiro e o capital parasitário dominassem a economia brasileira. Segundo Unger, a política monetária e fiscal do país tem sido ditada por interesses especulativos, perpetuando um modelo que favorece poucos e estagna o desenvolvimento nacional. Para ele, essa lógica impôs a falsa ideia de que o crescimento depende da submissão às diretrizes dos mercados financeiros.

Defensor de um modelo econômico independente e ousado, Unger argumenta que o Brasil precisa buscar equilíbrio fiscal não para agradar os agentes financeiros, mas para garantir soberania e autonomia no planejamento estratégico de desenvolvimento. Segundo ele, a nação está de joelhos diante da confiança financeira, incapaz de formular uma agenda de crescimento que beneficie o trabalho e a produção. Essa dependência consolidou a hegemonia do capital especulativo sobre a política econômica, enquanto setores produtivos foram relegados a segundo plano.

Para romper com essa submissão, Unger propõe uma estratégia de “rebeldia nacional”, onde o equilíbrio fiscal sirva de escudo contra a chantagem do mercado e não como instrumento de sua legitimação. Ele defende uma guinada que fortaleça a economia real, garantindo que o Estado tenha margem de manobra para impulsionar projetos de desenvolvimento com autonomia. Essa visão contraria o pensamento dominante dos últimos governos, que, segundo ele, entregaram as rédeas do país ao poder financeiro em detrimento da população.

Professor de longa data em Harvard e ex-ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger tem um histórico de críticas incisivas à condução da política econômica no Brasil. Suas declarações reforçam o debate sobre a necessidade de uma nova agenda nacional, que priorize o investimento produtivo e a independência frente ao capital especulativo. Seu alerta ecoa em um momento de desafios fiscais e estagnação econômica, exigindo que o país repense suas escolhas antes que a dependência financeira se torne ir reversível

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