
É, Cuiabá, mal começamos 2025 e já sabemos que os próximos três anos e 11 meses vão ser um circo permanente. Com 27 dias no comando da capital mato-grossense, o prefeito Abílio Jr. já deu amostras grátis – e bem exageradas – de como será o tom da sua gestão: um espetáculo de pantomimas, patuscadas e, claro, a boa e velha cortina de fumaça.
O mais recente número do “Circo Abílio” foi digno de registro: ele trocou o gabinete para ficar fazendo mímicas na rua como se fosse um agente de trânsito – um tipo de programa que, enquanto deputado federal, nunca mereceu sua atenção. Mas, de repente, agora virou prioridade.
E como esquecer o episódio em que, num gesto de pura valentia, Abílio “enfrentou” os mendigos da cidade ao cortar suas marmitas? Uma atitude que não só revela falta de empatia, mas que beira o desumano. Um circo onde o prefeito não é o palhaço – é o domador, mas dos mais cruéis.
Ainda temos a visita à UPA de Chapada dos Guimarães para tratar de um “mal-estar”. Quem nunca, né? Afinal, todos sabem que os prefeitos, assim como nós, dependem do SUS para tudo. Fica só a dúvida: o que foi pior, a consulta ou a tentativa escancarada de desviar a atenção?
Enquanto isso, promessas de campanha que eram vendidas como bandeiras heroicas agora se transformam em “problemas complexos que precisam ser analisados”. Lembram da promessa de acabar com a taxa de lixo? Esqueçam. A taxa de publicidade? Já era. E os radares? Mais fácil eles dobrarem de número do que desaparecerem.
Quem se encarregou de jogar a toalha foi a primeira-dama e vereadora Samantha, ao admitir publicamente que todas essas ideias estão sendo revistas. Revistas, prefeito? Isso tem outro nome: estelionato eleitoral. Porque o senhor não só sabia da complexidade de tudo isso, como usou essas promessas para conquistar votos. Agora, ficou na sinuca de bico: se cumprir, desorganiza a máquina pública; se não cumprir, desmoraliza de vez.
E assim caminha Cuiabá, a passos largos rumo ao inesperado. Mas uma coisa é certa: com Abílio Jr., o que não vai faltar é espetáculo. Resta saber se, ao final desse show, o público vai aplaudir ou vaiar. De qualquer forma, o ingresso já está pago, e a bilheteria não devolve o dinheiro.