A canalhice bilionária de Rubens Menin e o ataque ao Bolsa Família

Por que os ricaços do Brasil querem manter os pobres na miséria

O bilionário Rubens Menin, dono da MRV, do Banco Inter e da CNN Brasil, não se contenta em ser um dos maiores beneficiados por políticas públicas como o Minha Casa Minha Vida. Agora, no conforto de um evento do BTG Pactual, resolveu atacar um dos pilares da proteção social brasileira: o Bolsa Família. O empresário, sem qualquer vergonha na cara, defendeu a redução do programa, argumentando que ele dificulta a contratação de mão de obra.

A crítica feroz de Xico Sá, publicada em sua coluna no ICL, foi certeira ao expor a perversidade dessa elite que se recusa a largar o osso. A fala de Menin, aplaudida pelos engravatados da Faria Lima, mostra que os bilionários deste país não se contentam apenas em explorar os mais pobres. Eles querem ver a miséria se aprofundar, para garantir um exército de trabalhadores desesperados, dispostos a aceitar qualquer salário de fome.

A hipocrisia de Menin e dos bilionários brasileiros

A ironia é que a MRV, empresa de Menin, é uma das que mais faturou com incentivos do governo para construção de moradias populares. Ou seja, ele não tem problema nenhum em sugar dinheiro público quando é para o seu próprio bolso. Mas quando esse mesmo dinheiro vai para famílias que lutam para alimentar seus filhos, de repente vira um “desperdício”.

A canalhice do dono da MRV vai além. Ele ignora que, só em 2024, 1,3 milhão de famílias saíram do Bolsa Família por conseguirem emprego. Ou seja, a ideia de que o programa “desestimula o trabalho” é uma mentira descarada. O problema real do Brasil não é o Bolsa Família, mas o fato de que empresários como Menin se recusam a pagar salários dignos.

A elite canalha que celebra a miséria

A classe bilionária do Brasil, representada no palco do BTG Pactual, celebra qualquer medida que torne os pobres ainda mais pobres. Como escreveu Xico Sá, a elite brasileira é a reencarnação dos personagens de Nelson Rodrigues: cínica, perversa e cruel. No Brasil, quem não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte.

Menin e seus colegas de convescote odeiam o Bolsa Família porque ele dá uma pequena margem de dignidade aos mais pobres. Eles querem manter o povo em situação de desespero, prontos para aceitar qualquer trabalho degradante. Afinal, um trabalhador que tem alguma segurança social pode escolher onde e como trabalhar. E isso, para empresários como Menin, é inaceitável.

A elite econômica brasileira se comporta como os barões da escravidão do século XIX, que lamentavam a abolição porque “faltaria mão de obra barata”. A fala de Menin não é um caso isolado, mas sim o reflexo de um país onde os mais ricos querem perpetuar a miséria, para garantir seu luxo obsceno.

Que esse ataque ao Bolsa Família sirva para expor, mais uma vez, os verdadeiros inimigos do povo brasileiro. Enquanto houver empresários como Menin, a luta contra a desigualdade seguirá sendo uma guerra de resistência.

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