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Mauro Mendes tenta sufocar Assembleia com atraso no duodécimo — mas pode ter criado um inimigo com fôlego para reagir.

O governador Mauro Mendes vem adotando uma estratégia arriscada ao protelar os repasses do duodécimo para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A manobra, que tem provocado dificuldades para que o Legislativo honre compromissos com fornecedores, é vista por parlamentares como uma tentativa de asfixiar politicamente a atual Mesa Diretora. O objetivo seria chegar a uma nova rodada de negociação com a Casa com os deputados já desgastados e pressionados, abrindo espaço para que o governo imponha seus termos financeiros e administrativos.

No entanto, o plano pode sair pela culatra. O atual presidente da Assembleia possui experiência política, articulação e resistência para suportar esse tensionamento prolongado. O risco para o governador é o “dia seguinte”: se a leitura dentro do Parlamento for de chantagem institucional, a base pode rachar e a crise evoluir para um enfrentamento público que desgastará ainda mais o Palácio Paiaguás. O clima é de expectativa — e de que Mauro Mendes pode ter ido longe demais desta vez.

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