Eduardo Bolsonaro chama governador Mauro Mendes de “frouxo, covarde e bosta” em vídeo explosivo na internet

O deputado federal Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo com ataques diretos ao governador Mauro Mendes, elevando ainda mais a crise entre o bolsonarismo e o chefe do Executivo mato-grossense. Na gravação, Eduardo não apenas rebate críticas recentes feitas por Mendes ao seu pai, ex-presidente Jair Bolsonaro, como acusa o governador de falta de coragem política, o chamando de “frouxo”, “covarde” e “bosta”. O parlamentar afirma estar no “exílio” nos Estados Unidos devido à perseguição política e acusa Mendes de tentar agradar o público enquanto, segundo ele, não demonstra lealdade ao bolsonarismo.

Eduardo ainda desafiou Mauro Mendes a mobilizar sua base pela anistia de Jair Bolsonaro, sugerindo que o governador tem sido “conveniente” com o avanço do que chamou de autoritarismo no país. A fala eleva o tom dentro da direita em Mato Grosso, onde Mendes vinha tentando transitar entre independência e aproximação com o eleitorado conservador. O confronto deixa evidente que o racha político entre Mendes e o bolsonarismo chegou ao ponto de ruptura, abrindo um novo capítulo na disputa pela hegemonia da direita no estado.

Silêncio de José Medeiros após ataque de Mauro a Eduardo Bolsonaro causa estranhamento e irrita base bolsonarista em MT

A postura do deputado federal José Medeiros, conhecido como um dos mais ferrenhos defensores do bolsonarismo em Mato Grosso, tem causado estranheza e desconforto entre aliados. Após o governador Mauro Mendes atacar publicamente Eduardo Bolsonaro, chamando-o de “louco” e afirmando que o deputado “fala merda”, esperava-se uma reação imediata de Medeiros — algo que nunca veio. O silêncio do parlamentar, que costuma responder prontamente a qualquer crítica contra figuras do bolsonarismo, está sendo visto como uma atitude, no mínimo, incomum.

Nos bastidores, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes da direita ideológica avaliam que esse silêncio não pegou bem. Para eles, a ausência de defesa a Eduardo Bolsonaro — sobretudo quando o ataque partiu de Mauro Mendes, adversário histórico de parte da base conservadora — soa como cálculo político e distanciamento estratégico em um momento de desgaste do bolsonarismo. O episódio reforça a percepção de que o ambiente político em Mato Grosso vive uma fase de reposicionamento e que alguns líderes preferem esperar a maré virar antes de escolher um lado.

Mauro Mendes ameaça pular do barco bolsonarista quando começa a afundar — e ainda chama Eduardo Bolsonaro de louco: oportunismo clássico do governador.

O que vimos mais uma vez é o velho roteiro do oportunismo político de Mauro Mendes: quando o vento sopra a favor, ele surfa; quando muda de direção, ele pula fora e finge que nunca esteve no mesmo barco. Durante anos, o governador desfrutou do apoio e do capital político do bolsonarismo em Mato Grosso. Silenciou diante dos excessos, aproximou-se nas horas convenientes e lucrava politicamente com essa associação. Agora, percebendo que o bolsonarismo começa a perder força e que carregar esse selo pesa mais do que impulsiona, Mendes tenta pintar-se como “refinado e moderado”, mirado no futuro cenário eleitoral de 2026.

A crítica a Eduardo Bolsonaro — ainda que legítima pelos absurdos que o deputado costuma dizer — chega com um atraso conveniente demais para ser coragem e rápido demais para não parecer cálculo eleitoral. Mendes não rompeu com o bolsonarismo quando aquilo custava brigar com suas bases; rompe agora, quando sente que manter o vínculo pode custar votos e capital político. Em vez de liderança, demonstra instinto de sobrevivência. Em vez de firmeza, oportunismo de varejo. E Mato Grosso já conhece bem essa tática: Mauro bate quando a maré vira, e não quando a verdade exige.

Abílio libera R$ 1,4 milhão de emenda de vereador fora da base enquanto aliados “esperam na fila”

Abilio Brunini (PL) autorizou o pagamento de R$ 1.456.275,41 referente à emenda parlamentar do vereador Wilson Kero Kero (PMB), destinada ao projeto “Livro na Mão, Esporte no Coração”, executado pela Associação Angeli.
A liberação chama atenção porque Kero Kero não é integrante da base de apoio do prefeito na Câmara Municipal. Enquanto isso, vereadores aliados que sustentam a gestão ainda aguardam liberação de suas próprias emendas.

O movimento é interpretado nos bastidores como estratégia política da Prefeitura para aproximar votos futuros em pautas de interesse do Executivo. Uma forma de “agregar aliados sem assumir publicamente a negociação”, como definiu um vereador ao Blog do Popó.

O documento formaliza a parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SMECEL), sob o secretário Jefferson Neves e a Associação Angeli.

A pergunta inevitável: quem é a Associação Angeli?

Prefeito amigo de Abílio é afastado pela PF: gestor de Sorocaba cai em operação que apura fraudes na saúde

O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), que havia sido convidado por Abílio Brunini (PL) no início deste ano para visitar Cuiabá, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (5) pela Justiça Federal. A decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) atende à segunda fase da Operação “Copia e Cola”, da Polícia Federal, que apura suspeitas de fraudes e desvios em contratos da saúde pública daquele município.

A medida impede Manga de exercer suas funções por 180 dias, além de determinar bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens e cumprimento de mandados de prisão contra investigados. O afastamento do aliado, que Abílio chegou a apresentar como referência nacional em gestão e influência digital, gera novo constrangimento político para o prefeito de Cuiabá, justamente em momento em que tenta ampliar sua rede de apoiadores e fortalecer sua imagem no cenário nacional.

Influencer escracha Abílio: denúncia viral obriga prefeitura a correr e arrumar hospital infantil

A influencer Giselly Fortes escancarou nas redes sociais o que a gestão do prefeito Abílio Brunini tentou esconder: o caos na saúde pública e a tentativa frustrada de desqualificar quem denuncia. Após registrar o alagamento no Hospital Infantil — o antigo Pronto-Socorro que Abílio vive exibindo como vitrine — ela foi chamada de mentirosa pelo prefeito e por aliados. Mesmo bloqueada pelos perfis oficiais, Giselly gravou vídeos, apresentou provas e questionou o prefeito, que, segundo ela, fugiu das respostas. Hoje, a população descobriu que a denúncia tinha fundamento — e que a reação da prefeitura só evidenciou a falta de transparência e preparo na gestão.

O caso ficou ainda mais constrangedor para o Palácio Alencastro quando funcionários internos confirmaram que, logo após a denúncia viral, máquinas essenciais para esterilização cirúrgica — fundamentais para retomada das cirurgias — foram rapidamente consertadas, exatamente como Giselly havia apontado. “Mentira tem perna curta”, rebateu a influencer, destacando que a prefeitura correu para remediar o problema apenas depois da exposição pública. Ela ainda deixou um recado direto a Abílio: vai continuar denunciando e, se necessário, pode até entrar na disputa eleitoral para enfrentar o prefeito nas urnas .

Secretários viram escudo: “Governador se esconde debaixo da mesa”

O sindicalista criticou o secretário Rogério Gallo por dizer que, com o reajuste, “vai ter que vender picolé”. Rosenwal rebateu: “Ele não vende nem picolé com aquele perfume francês todo”.

E completou com ironia: “O governador bota dois secretários pra defender ele porque se esconde embaixo da mesa”. 

Pedro Taques detona Mauro Mendes: “Governo de propaganda e corrupção”, diz ex-governador com relatório do TCE na mão

O ex-governador Pedro Taques divulgou um vídeo nas redes sociais acusando o governador Mauro Mendes de comandar um “governo de propaganda e corrupção”. Taques afirmou que um relatório recente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) escancarou irregularidades graves na Secretaria de Estado de Saúde desde 2019, apontando pagamentos sem licitação, sobrepreço e superfaturamento, com prejuízo que ultrapassaria R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Segundo ele, o documento demonstra que “o dinheiro do Estado está sendo roubado” e que sempre as mesmas empresas estariam sendo beneficiadas pelo governo Mauro Mendes.

O ex-governador reforçou que essas empresas citadas no relatório têm relação com esquemas já investigados na Operação Espelho, conduzida pelo Ministério Público. “É um governo de propaganda e de corrupção”, afirmou Taques, garantindo que seguirá publicando vídeos para conectar as irregularidades apontadas pelo TCE com outras investigações em andamento. Ele ainda acusou o atual governador de “nada fazer” diante das denúncias, sugerindo que Mendes mantém “as portas abertas” para o desvio de recursos públicos.

Pedagogos denunciam “tratamento desigual” e cobram prorrogação de contratos na rede estadual: “Sem pedagogo, a escola perde seu norte”

Pedagogos da rede estadual de ensino divulgaram um manifesto público denunciando tratamento desigual e falta de respeito profissional por parte da Secretaria de Estado de Educação. Segundo o documento, o secretário Allan teria garantido em entrevista que todos os contratos seriam prorrogados, gerando expectativa legítima entre os profissionais. Porém, em reunião com diretores escolares, foi informado que apenas os contratos dos pedagogos não seriam renovados — decisão considerada contraditória e injustificável pela categoria.

Os profissionais afirmam que participaram do mesmo processo seletivo que os professores de área e desempenham funções essenciais à gestão pedagógica e à qualidade do ensino. No manifesto, citam o princípio constitucional da isonomia e destacam que a exclusão da categoria viola direitos e fragiliza a organização das escolas. Eles exigem transparência da Seduc, respeito ao processo seletivo e a imediata prorrogação dos contratos. “Educação se faz com justiça, respeito e valorização. Sem pedagogo, a escola perde seu norte”, afirmam.

Mauro Mendes tenta sufocar Assembleia com atraso no duodécimo — mas pode ter criado um inimigo com fôlego para reagir.

O governador Mauro Mendes vem adotando uma estratégia arriscada ao protelar os repasses do duodécimo para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A manobra, que tem provocado dificuldades para que o Legislativo honre compromissos com fornecedores, é vista por parlamentares como uma tentativa de asfixiar politicamente a atual Mesa Diretora. O objetivo seria chegar a uma nova rodada de negociação com a Casa com os deputados já desgastados e pressionados, abrindo espaço para que o governo imponha seus termos financeiros e administrativos.

No entanto, o plano pode sair pela culatra. O atual presidente da Assembleia possui experiência política, articulação e resistência para suportar esse tensionamento prolongado. O risco para o governador é o “dia seguinte”: se a leitura dentro do Parlamento for de chantagem institucional, a base pode rachar e a crise evoluir para um enfrentamento público que desgastará ainda mais o Palácio Paiaguás. O clima é de expectativa — e de que Mauro Mendes pode ter ido longe demais desta vez.