A Fúria dos Herdeiros de Brizola: Neto Responde a Desejo de Morte Manifestado por Investidor

A indignação tomou as redes sociais após um comentário desrespeitoso de Rogério Xavier, sócio da gestora de investimentos SPX Capital, vir à tona. Em um evento público, Xavier afirmou que desejava a morte do ex-governador Leonel Brizola, um dos maiores símbolos do trabalhismo brasileiro. A declaração, carregada de desprezo pela memória de um líder que dedicou sua vida à luta pelos direitos do povo, foi recebida com escárnio por parte de seus pares no setor financeiro.

No entanto, a resposta não tardou. Em uma carta aberta contundente e emotiva, Carlos Brizola Neto, neto do ex-governador, rebateu com firmeza as palavras de Xavier. Sua missiva, que rapidamente viralizou, ecoa o tom indignado e combativo de seu avô, evidenciando que o espírito de resistência trabalhista segue vivo.

“Seu arroubo de sinceridade — misto de escárnio e de desapreço pela vida humana, comum entre os seus pares, sanguessugas que são do povo brasileiro — não me surpreende”, escreve Brizola Neto, sem meias palavras. A carta expõe a visão elitista e desumanizada daqueles que veem figuras como Leonel Brizola como um obstáculo ao modelo econômico que favorece os interesses do mercado financeiro em detrimento da justiça social.

Mais do que um desagravo familiar, a resposta de Brizola Neto representa um grito contra a perpetuação de um sistema que há décadas sufoca os trabalhadores brasileiros. “Os mesmos vampiros escarnecedores que debocharam, riram e o aplaudiram quando o senhor disse que desejava a morte de Leonel Brizola […] transformaram o Brasil no paraíso do rentismo e agora, mais uma vez, querem, com a falácia do ajuste fiscal, continuar cravando os caninos no pescoço dos trabalhadores”, denuncia.

A polêmica reflete a dicotomia histórica entre aqueles que, como Brizola, dedicaram suas vidas à construção de um Brasil mais justo e aqueles que prosperam à sombra das desigualdades estruturais. Xavier, representante do setor financeiro, encarna uma elite que, segundo Brizola Neto, continua a sugar as riquezas nacionais sem qualquer compromisso com o desenvolvimento social.

Se por um lado Xavier verbalizou um pensamento que pode ser compartilhado nos bastidores por setores conservadores e financistas, por outro, a resposta pública do neto de Brizola ressoa como um lembrete de que a história ainda cobra seus débitos. Seu questionamento final é emblemático: “Agora eu lhe pergunto: onde o seu nome será escrito quando terminarem os seus dias obscuros de especulação e avareza?”

O embate não é apenas sobre um desrespeito à memória de Leonel Brizola. Trata-se da disputa contínua entre modelos de país: um que prioriza o lucro de poucos e outro que busca justiça para muitos. E, nesse conflito, as palavras de Brizola Neto provam que, mesmo décadas após sua morte, o ex-governador segue sendo um fantasma incômodo para aqueles que sempre temeram sua ascensão.

Brasil Refém do Rentismo: Mangabeira Unger Critica Submissão Econômica dos Últimos Presidentes

O economista e filósofo Roberto Mangabeira Unger fez duras críticas aos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro, acusando-os de permitir que o rentismo financeiro e o capital parasitário dominassem a economia brasileira. Segundo Unger, a política monetária e fiscal do país tem sido ditada por interesses especulativos, perpetuando um modelo que favorece poucos e estagna o desenvolvimento nacional. Para ele, essa lógica impôs a falsa ideia de que o crescimento depende da submissão às diretrizes dos mercados financeiros.

Defensor de um modelo econômico independente e ousado, Unger argumenta que o Brasil precisa buscar equilíbrio fiscal não para agradar os agentes financeiros, mas para garantir soberania e autonomia no planejamento estratégico de desenvolvimento. Segundo ele, a nação está de joelhos diante da confiança financeira, incapaz de formular uma agenda de crescimento que beneficie o trabalho e a produção. Essa dependência consolidou a hegemonia do capital especulativo sobre a política econômica, enquanto setores produtivos foram relegados a segundo plano.

Para romper com essa submissão, Unger propõe uma estratégia de “rebeldia nacional”, onde o equilíbrio fiscal sirva de escudo contra a chantagem do mercado e não como instrumento de sua legitimação. Ele defende uma guinada que fortaleça a economia real, garantindo que o Estado tenha margem de manobra para impulsionar projetos de desenvolvimento com autonomia. Essa visão contraria o pensamento dominante dos últimos governos, que, segundo ele, entregaram as rédeas do país ao poder financeiro em detrimento da população.

Professor de longa data em Harvard e ex-ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger tem um histórico de críticas incisivas à condução da política econômica no Brasil. Suas declarações reforçam o debate sobre a necessidade de uma nova agenda nacional, que priorize o investimento produtivo e a independência frente ao capital especulativo. Seu alerta ecoa em um momento de desafios fiscais e estagnação econômica, exigindo que o país repense suas escolhas antes que a dependência financeira se torne ir reversível

Suspeitas de golpe político: Danielle Carmona estaria por trás da ofensiva contra Lúcia Helena na Saúde de Cuiabá

Nos bastidores da política cuiabana, intensificam-se rumores sobre a atuação de Danielle Carmona, ex-interventora da intervenção política na Saúde durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, na tentativa de enfraquecer a atual secretária municipal de Saúde, Lúcia Helena Barboza Sampaio. A movimentação, segundo fontes, teria respaldo de figuras ligadas ao governo estadual e ao grupo político de Fabinho Garcia, com a intenção de garantir influência na administração da pasta visando às eleições de 2026.

A disputa ganhou novos contornos com a recente saída do secretário adjunto de Gestão de Saúde, Josias Jovino Pulquério, que teria solicitado exoneração devido a dificuldades na condução dos trabalhos sob o comando da nova gestão. Nos corredores políticos, o episódio é interpretado como um reflexo da pressão crescente sobre a Secretaria de Saúde, que enfrenta desafios estruturais e resistências internas.

A intervenção estadual na Saúde de Cuiabá, conduzida sob a gestão de Mauro Mendes, gerou embates políticos acirrados, especialmente com o ex-prefeito Emanuel Pinheiro, que denunciou a ação como perseguição. Agora, as articulações de Carmona reacendem a disputa pelo controle da pasta, alimentando especulações sobre os interesses eleitorais por trás da crise administrativa.

Diante desse cenário, a estabilidade da gestão de Lúcia Helena Barboza Sampaio torna-se incerta, com setores políticos monitorando os desdobramentos e avaliando os impactos dessas movimentações na condução da saúde pública da capital. Enquanto isso, permanece a preocupação sobre como essa disputa pode afetar o atendimento à população cuiabana.

Casal é preso por matar adolescente grávida para roubar bebê

O corpo da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, foi encontrado no quintal da residência de um casal já preso por tentar registrar o bebê recém-nascido que foi arrancado do seu ventre e levado a um hospital de Cuiabá pelos suspeitos, nesta quinta-feira (13).

A informação foi confirmada pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está investigando o caso. Conforme a polícia, ela foi morta por enforcamento e depois os dois acusados cortaram a barriga dela para retirar o bebê, que sobreviveu ao crime.

Segundo a Polícia Civil, o corpo da jovem foi localizado nos fundos da casa dos suspeitos, que fica no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, pela equipe da Divisão de Referência à Pessoa. A adolescente estava desaparecida desde as 11h desta quarta-feira (12) após sair de casa, no Bairro São Matheus, em Várzea Grande.

A menina havia ido até a mulher suspeita para buscar doações de roupas de bebê que ela havia oferecido e, ao que tudo indica, usou como atrativo para cometer o crime. Menos de 24 horas depois, a suspeita e o companheiro dela foram presos ao tentar registrar um recém-nascido no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, levantando suspeitas sobre o caso.

A identidade dos suspeitos também não foi divulgada. Familiares da vítima contam que a mulher com quem a adolescente conversava pelas redes sociais afirmava ser mãe de dois meninos e que estaria à espera de uma terceira filha e, por isso, tinha roupas de bebê para doar.

Durante as mensagens trocadas, a suspeita disse ter roupas de bebê e um protetor de berço para doar, enviando a localização para que Emilly fosse buscá-los. No entanto, após sair de casa, a jovem desapareceu e não foi mais vista.

Quando foi até o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, para registrar o bebê recém-nascido, com a alegação de que a criança tinha nascido em casa, a equipe médica estranhou o comportamento da mulher, que afirmava ter dado à luz recentemente.

Diante da suspeita, os profissionais acionaram a polícia, que deteve o casal e os encaminhou à delegacia. Exames mais detalhados serão realizados para determinar se a mulher estava, de fato, também está grávida.

A mãe da jovem desaparecida foi até o hospital, onde a criança permaneceu após a equipe médica da unidade chamar a polícia. O Hospital Santa Helena confirmou a ocorrência e informou que a criança continua internada.

Abílio defende Dilemario, desafia os 9 vereadores da base e, junto com o líder, debocha do pedido de mudança

A crise entre o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, e parte de sua base aliada na Câmara Municipal atingiu um novo nível de tensão. Ontem, nove vereadores da base foram ao gabinete do prefeito no sétimo andar da Prefeitura para pedir a substituição do líder do governo na Câmara, vereador Dilemario Alencar. O grupo acusa Dilemario de usar a posição para autopromoção, apropriar-se de pautas dos colegas e lotear cargos estratégicos com aliados e parentes.

A resposta de Abílio, no entanto, veio em tom de deboche. Dentro do elevador da Prefeitura, o prefeito deixou claro que Dilemario é seu líder e que continuará gozando de sua confiança. “Estou aqui com o meu líder na cama, Dilmare Alencar, esse é meu líder e vai continuar sendo meu líder, tamo junto, vamo pra cima”, teria dito, conforme apuração do Jornal Estado de Mato Grosso .

O tom jocoso irritou ainda mais os parlamentares insatisfeitos, que esperavam uma postura mais institucional do chefe do Executivo. O próprio Dilemario, por sua vez, também entrou na onda do deboche e teria rido abertamente da insatisfação dos colegas. A mensagem foi clara: o prefeito não cederá à pressão dos vereadores e, com isso, fortalece ainda mais o desgaste interno na base governista.

O episódio escancara o clima de instabilidade dentro da administração municipal e expõe uma relação de forças em que Abílio não se intimida diante da revolta dos vereadores. O desafio aos aliados pode sair caro para o prefeito, que corre o risco de ver sua base rachada e sua governabilidade comprometida.

Resta saber como os nove vereadores da base reagirão ao desdém do prefeito e do líder governista. A insatisfação pode se transformar em uma ruptura mais profunda ou até mesmo em boicote às pautas do Executivo. O que fica evidente, no entanto, é que, para Abílio Brunini e Dilemario Alencar, pouco importa a indignação da base – o que vale é reafirmar o controle e, se possível, com uma boa dose de sarcasmo

Deputado Paulo Araújo: De Servidor Público da Saúde Estadual a Empresário Milionário Proprietário de Mansão no Florais

A ascensão patrimonial do deputado estadual Paulo Araújo (PP) tem chamado atenção nos últimos anos. De um servidor público da saúde do estado de carreira a um dos mais novos milionários do bairro nobre e exclusivo Florais, em Cuiabá, o parlamentar agora entra no seleto grupo de empresários da alta sociedade, investindo no ramo da gastronomia oriental.

Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2022, Araújo informou possuir um patrimônio de R$ 1.061.208,00, incluindo veículos, terrenos e uma casa em construção avaliada em R$ 576 mil. No entanto, atualmente, ele reside em uma mansão estimada em R$ 3 milhões, sendo que apenas o terreno foi avaliado em cerca de R$ 700 mil na época. A evolução financeira do deputado é notável, especialmente a partir de 2019, tornando-se um verdadeiro case de sucesso.

Agora, além da vida pública, Paulo Araújo investe no setor gastronômico, consolidando-se como empresário de um restaurante oriental, mais um indício de sua crescente influência econômica e social. A trajetória do deputado segue gerando admiração, enquanto ele se firma entre os milionários do Florais .

Operação Legado: Intimidação Policial Contra Produtores Rurais Levanta Questionamentos Sobre Gestão Fiscal

Ação da Delegacia Fazendária e do Ministério Público de Mato Grosso mira suposta fraude no ICMS, mas advogados apontam erro de foco e denunciam coerção indevida no campo

A deflagração da segunda fase da Operação Legado, conduzida pela Delegacia Fazendária e pelo Ministério Público de Mato Grosso, trouxe à tona um acirrado debate sobre os métodos de fiscalização tributária no estado. A ação investiga o uso de “Créditos Podres” de ICMS em operações de comercialização de grãos, mas a abordagem tem sido duramente criticada por advogados e produtores rurais, que denunciam intimidação policial e desvio de foco da real responsabilidade fiscal.

De acordo com o advogado Emanuel Bezerra Júnior, os produtores rurais estão sendo injustamente criminalizados, quando, na realidade, a fraude teria sido viabilizada por falhas nos sistemas de controle da própria Secretaria de Fazenda. “Os produtores realizaram suas operações dentro da legalidade, emitindo a documentação fiscal correta e negociando com empresas regularmente cadastradas. A irregularidade não partiu deles, mas sim das destinatárias finais, que utilizaram indevidamente créditos tributários irregulares”, sustenta.

O esquema investigado envolve a concessão de créditos fictícios de ICMS – os chamados “Créditos Podres” –, que foram inseridos nos sistemas PAC e PUC da Sefaz-MT. No entanto, como os produtores rurais não possuem ingerência sobre esses sistemas, Bezerra Júnior argumenta que a responsabilidade recai exclusivamente sobre o fisco estadual. “A gestão fiscal falhou e permitiu essa distorção. Agora, em vez de apurar as verdadeiras origens do problema, a solução encontrada parece ser a criminalização do setor produtivo”, afirma.

A operação mobilizou forças policiais para cumprir mandados e fiscalizar propriedades rurais, o que, na visão do advogado, configura um uso desproporcional da força estatal. “O objetivo não parece ser o cumprimento da lei, mas sim a arrecadação, usando a coerção como ferramenta de intimidação”, denuncia.

Além disso, Bezerra Júnior questiona a seletividade da fiscalização, apontando que as empresas que adquiriram os produtos agrícolas e efetivamente se beneficiaram dos créditos fraudulentos não estão sendo alvo da investigação. “Como essas empresas conseguiram obter inscrição estadual e operar dentro de um regime especial de ICMS? Por que a fiscalização nos postos fiscais atestou a regularidade das operações na saída dos produtos para outros estados? Essas são as perguntas que deveriam estar sendo feitas”, enfatiza.

Para o advogado, a verdadeira investigação deveria mirar na responsabilidade dos agentes públicos que permitiram a falha sistêmica e nos beneficiários finais da fraude. “Os produtores não podem ser tratados como criminosos por um erro que não cometeram. Se há um problema na concessão de créditos tributários, que se responsabilizem aqueles que tinham o dever de fiscalizar e impedir essa prática”, conclui.

O embate sobre a operação reflete uma preocupação maior: o equilíbrio entre fiscalização e respeito ao setor produtivo. No centro da questão está a legitimidade das medidas adotadas e a necessidade de garantir que a justiça seja feita sem transformar produtores em bodes expiatórios de um sistema falho.

“Dilemário em Isolamento: Maysa Leão Critica Liderança em Meio a Denúncias”

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) manifestou seu desconforto com a liderança do prefeito Abílio Júnior na Câmara Municipal, atualmente representada pelo vereador Dilemário Alencar (União Brasil). Em entrevista recente, Maysa afirmou que Dilemário está politicamente isolado e destacou que outros vereadores da base compartilham dessa insatisfação.

A fala da vereadora ocorre em um momento delicado para a gestão municipal, marcada por denúncias nas áreas de saúde, infraestrutura e educação. Enquanto a cidade enfrenta desafios urgentes, a liderança do governo na Câmara parece caminhar na contramão da articulação política necessária para enfrentar esses problemas.

O isolamento político de Dilemário já vinha sendo apontado nos bastidores, e recentemente o vereador Jeferson Rezende reforçou a crítica ao apelidá-lo de “Tatuzinho do Abílio”, em alusão ao fato de que o líder governista estaria evitando o confronto e se esquivando de debates importantes.

Maysa, no entanto, foi além do tom humorado e trouxe um alerta sério: a base aliada não pode continuar sem diálogo e sem respostas concretas para a população. Para ela, é fundamental que a liderança do governo esteja alinhada com as reais necessidades da cidade e disposta a enfrentar os desafios de forma transparente.

Enquanto Dilemário se mantém na defensiva, Maysa Leão segue conquistando espaço como uma voz ativa na Câmara, reforçando sua posição como uma parlamentar disposta a debater, cobrar e agir diante dos problemas que afetam Cuiabá.

“Deputados desanimam com candidatura de Janaina Riva ao Senado após anúncio de um de seus irmãos para sua vaga na ALMT”

A recente declaração da deputada estadual Janaina Riva (MDB), sugerindo que um de seus irmãos pode disputar sua vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) enquanto ela concorre ao Senado, gerou forte repercussão entre parlamentares aliados. Deputados Estaduais que apoiam sua candidatura ao Senado receberam a notícia com descontentamento, interpretando a decisão como uma falta de reciprocidade política.

Conversei com três deputados estaduais próximos ao grupo político de Janaina e simpáticos à sua candidatura ao Senado. Os três foram unânimes ao classificar a declaração como um “tiro no pé”, avaliando que isso pode enfraquecer significativamente sua postulação. Segundo um dos parlamentares, a movimentação foi mal recebida porque cria a percepção de que toda a articulação eleitoral estaria centrada exclusivamente na família Riva, sem abertura para os aliados que têm apoiado sua pré-candidatura.

“Para a Mesa Diretora era ela, para o Senado é ela e para a vaga na Assembleia é um irmão dela. Qual a razão de todos nós apoiá-la?”, questionou um dos deputados ouvidos.

Os parlamentares destacaram que esperavam maior divisão da base eleitoral de Janaina com seus aliados, especialmente em razão do apoio que lhe têm dado desde que a deputada manifestou interesse na disputa pelo Senado. Agora, segundo eles, a motivação para seguir nesse projeto diminuiu, e alguns já avaliam outras possibilidades.

Embora ainda faltem quase 2 anos para as eleições de 2026, o episódio evidencia desafios na construção da candidatura de Janaina Riva ao Senado e a necessidade de reorganização de apoios dentro do grupo político que lhe dava sustentação. O tempo dirá se a insatisfação manifestada agora terá impacto real sobre sua viabilidade eleitoral.

Documento oficial do TCU confirma que inelegibilidade de Cidinho termina em 2027

Um documento oficial do Tribunal de Contas da União (TCU) confirma que a inelegibilidade de José Aparecido dos Santos, conhecido como Cidinho, se encerra em 26 de janeiro de 2027. A informação consta na certidão emitida pelo sistema de Contas Irregulares do TCU, que apresenta registros de gestores com contas julgadas irregulares, resultando em restrições eleitorais.

De acordo com o documento, o processo de número 013.170/2011-2 transitou em julgado em 26 de janeiro de 2019, estabelecendo um período de oito anos de inelegibilidade para o ex-gestor. Conforme a legislação vigente, a restrição se mantém até a data final mencionada.

A certidão detalha que a condenação de Cidinho ocorreu com base no artigo 16, inciso III, da Lei nº 8.443/92, que trata das responsabilidades de gestores públicos perante o Tribunal de Contas da União. Segundo essa norma, a inclusão na lista de contas julgadas irregulares pode implicar inelegibilidade quando há decisão transitada em julgado dentro do período que antecede as eleições.

A decisão foi devidamente publicada no sistema do TCU, reforçando a validade do prazo estabelecido. Dessa forma, José Aparecido dos Santos permanecerá inelegível até 26 de janeiro de 2027, conforme os registros do Tribunal.

Base Legal da Inelegibilidade

A inelegibilidade em casos de contas julgadas irregulares é regulada pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010), que altera a Lei das Inelegibilidades (LC nº 64/1990). De acordo com a norma, gestores que tiveram contas rejeitadas por irregularidade insanável e que configurem ato doloso de improbidade administrativa tornam-se inelegíveis pelo período de oito anos a partir da decisão definitiva do órgão competente.

Consulta Pública

O sistema de Contas Irregulares do TCU é de acesso público e permite a verificação da situação de gestores que tiveram contas rejeitadas. No caso de José Aparecido dos Santos, a informação consta na relação oficial de responsáveis com contas julgadas irregulares com implicação eleitoral.