No 1º mês de Abílio, prefeitura acumula déficit de R$ 80 mi; rombo pode chegar a R$ 1 bilhão

Se o desencaixe entre receita e despesa seguir, prefeito, Abílio Brunini (PL), corre risco de ver seu governo colapsar por falta de lastro financeiro; rombo anual nas contas públicas pode chegar a R$ 1 bilhão

O documento

A Prefeitura de Cuiabá enfrenta um grave desequilíbrio orçamentário, com despesas que ultrapassam em R$ 80 milhões a receita arrecadada no mês de janeiro. Os números aos quais a reportagem do portal O Documento teve acesso, expõe um cenário crítico para a gestão fiscal da capital mato-grossense, com risco de endividamento crescente e até o comprometimento dos serviços essenciais, como saúde e educação.

Percebe-se claramente que o atual prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), não adotou medidas de ajuste fiscal para interromper a linha crescente de desencaixe entre recita e despesa.

Conforme o balanço financeiro do primeiro mês da gestão liberal, a Receita Corrente Líquida (RCL) do município foi de R$ 377 milhões, enquanto as despesas empenhadas — ou seja, compromissos assumidos — somam R$ 457 milhões. O valor liquidado, que representa as despesas já comprovadas, totaliza R$ 217 milhões, mas apenas R$ 140 milhões foram efetivamente pagos.

 Ou seja, a gestão municipal comprometeu R$ 80 milhões a mais do que arrecadou, configurando um déficit expressivo que pressiona as contas públicas.

Do montante liquidado, R$ 77 milhões seguem pendentes de pagamento, o que pode resultar, em médio prazo, em atrasos salariais, interrupção de contratos e colapso de setores essenciais, como saúde e educação. Além disso, R$ 457 milhões foram empenhados, mas até agora, o Tesouro pagou efetivamente R$ 140 milhões desse montante, gerando uma “montanha” descoberta de R$ 317 milhões, entre valores liquidados e empenhados.

 A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impõe limites claros para os gastos públicos, e o acúmulo de déficits sucessivos pode configurar crime de responsabilidade. Caso as finanças municipais não sejam equilibradas, há risco de sanções graves para a administração pública, além de um efeito cascata de endividamento para os próximos anos.

Especialistas alertam para a necessidade de medidas drásticas de ajuste fiscal, como a redução de despesas não essenciais, como por exemplo, o aumento da eficiência na arrecadação tributária, renegociação de contratos e revisão de empenhos, além de planejamento financeiro mais rigoroso para evitar novos déficits. O que até agora não ocorreu.

Prefeitura de Cuiabá, conforme documento acima, registrou Receita Corrente Líquida (RCL) de R$ 377 milhões.

Conforme relatório acima, Tesouro cuiabano empenhou no grupo de despesas R$ 457 milhões, gerando desencaixe mensal (déficit) de R$ 80 milhões.

R$ 6 milhões em farelo de soja barrados no Paraná expõem rede empresarial em MT

Carga de 2.700 toneladas que saiu da Queiroz Agro, ligada à Fênix Complexo Industrial e Fênix Biodiesel, todas no mesmo endereço em Alta Araguaia.

A apreensão de 2.700 toneladas de farelo de soja com suspeita de adulteração no Porto de Paranaguá (PR), avaliada em cerca de R$ 6 milhões, levanta dúvidas sobre a origem da carga e suas conexões empresariais. O farelo, barrado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) por suposta contaminação com areia, partiu da empresa Queiroz Agro LTDA, localizada em Alto Araguaia (MT) e administrada por Osmar Alves de Queiroz, que também figura como conselheiro da Fênix Complexo Industrial S/A. Coincidentemente, tanto a Fênix Biodiesel LTDA, de José Aparecido dos Santos, o Cidinho, quanto a própria Fênix Complexo Industrial, onde Eloi Vitorio Marchetti é conselheiro, operam no mesmo endereço da Queiroz Agro.

Documentos da Receita Federal confirmam que as três empresas compartilham a rodovia MT-299 como sede, indicando uma complexa rede de negócios que envolve não apenas a fabricação de biocombustíveis, óleos vegetais e fertilizantes, mas também a exportação de produtos agrícolas. A relação entre os sócios das empresas e fundos de investimento, como o Fundo 5M, ligado a Luís Antônio Taveira Mendes, filho do Governador Mauro Mendes, e a empresa RGpar, de Laurinha Garcia, mãe de Fabinho Garcia, levanta questionamentos sobre a estrutura societária e a influência de grandes investidores no setor.

A repercussão do descarte do farelo de soja em um aterro sanitário no Paraná mobilizou autoridades e caminhoneiros, que sofreram prejuízos com a retenção dos veículos no pátio do porto. Em nota, a Queiroz Agro negou qualquer irregularidade e afirmou que a carga estava dentro dos padrões técnicos exigidos para exportação, conforme a regulamentação Anec 71. No entanto, a suspeita de fraude e adulteração ainda está sob investigação, e novas revelações podem surgir nos próximos dias.

A ligação entre a Queiroz Agro e a Fênix Complexo Industrial, que tem Osmar Queiroz como presidente e Eloi Marchetti como conselheiro, desperta atenção devido ao possível envolvimento de figuras políticas e empresariais influentes em Mato Grosso. Além disso, a presença da Fênix Biodiesel, no mesmo endereço, levanta questionamentos sobre a real natureza das operações e possíveis implicações para o setor agroindustrial do estado.

A Polícia Civil e órgãos reguladores seguem investigando o caso, que pode se tornar um escândalo de grandes proporções caso sejam confirmadas fraudes na exportação de farelo de soja. Com valores milionários envolvidos e um enredo que conecta empresas, investidores e figuras do alto escalão empresarial, a apuração dos fatos promete trazer desdobramentos que podem impactar diretamente o agronegócio brasileiro.

Nomeação Relâmpago de Deosdete Cruz Levanta rumores Sobre “Carta Marcada” no MP de Mato Grosso

O promotor Deosdete Cruz foi escolhido por unanimidade para assumir a vaga do quinto constitucional no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. No entanto, em uma movimentação surpreendentemente acelerada, o governador Mauro Mendes o nomeou para o cargo de Procurador-Geral de Justiça em edição extra do Diário Oficial. A posse já está prevista para esta sexta-feira (28), em um ritmo incomum para esse tipo de decisão.

A rapidez do procedimento causou espanto, principalmente porque ocorre logo após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder prazo de 72 horas para que o então Procurador-Geral de Justiça, Rodrigo Costa, se manifestasse sobre uma reclamação apresentada pelo ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. A decisão do STF diz respeito à possível inobservância de uma determinação vinculante no julgamento da ADI 5.588.

A velocidade do processo reforça as críticas feitas anteriormente por membros do Ministério Público, como o procurador Domingos Sávio e a promotora Ana Peterline, que haviam alertado sobre uma possível “chapa branca” e um processo meramente formal. Para eles, a escolha já estaria definida de antemão, sendo apenas uma questão de tempo para que se concretizasse.

A coincidência entre a decisão do STF e a rápida escolha e nomeação de Deosdete Cruz alimenta suspeitas sobre um possível acerto prévio e coloca em xeque a transparência do procedimento. Diante dos acontecimentos, resta saber se essa movimentação apressada será questionada judicialmente ou se as suspeitas levantadas se dissiparão com o tempo.

O CAOS DA MUDANÇA VERGONHOSA DO VLT PARA O BRT: 12 ANOS DE TRAIÇÃO AO POVO!

A CRONOLOGIA DA TRAGÉDIA 🕰️

MAURO MENDES TEVE A CANETA NA MÃO POR 11 ANOS COMO PREFEITO E GOVERNADOR E FEZ O PIOR PARA CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE

Cuiabá e Várzea Grande assistiram, ao longo de mais de uma década, a um verdadeiro teatro do absurdo no transporte público. A novela começou em 2009, quando o setor produtivo apresentou o projeto do BRT. Parecia o caminho certo. Mas, como em toda tragédia mato-grossense, a história mudou de rumo — e sempre para pior.

A TROCA DO MODAL: UMA DECISÃO TOMADA NO ESCURO

Em 2011, o então governador Silval Barbosa embarcou para Portugal e, naquela famosa viagem registrada em foto, voltou com um novo modal no bolso: o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). O BRT foi enterrado sem qualquer critério técnico. Em 2013, o Ministério Público Federal identificou graves irregularidades e corrupção na mudança do modal. Ainda assim, as obras avançaram — ou pelo menos tentaram.

Às vésperas da Copa do Mundo de 2014, o VLT, que deveria ser o símbolo da modernidade, parou antes mesmo de começar. Em maio/junho daquele ano, Silval Barbosa suspendeu as obras. O motivo? Corrupção, superfaturamento e incompetência generalizada.

PEDRO TAQUES: PAROU E JUDIACIALIZOU

Quando Pedro Taques assumiu o governo em 2015, encontrou um cenário de caos: obras paradas e um contrato recheado de irregularidades. O relatório da CGE (abril de 2015) escancarou os absurdos. Curiosamente, órgãos como TCE, MPE e até a própria Justiça não haviam visto nada de errado antes. Taques iniciou tratativas com o Consórcio responsável pelo VLT em 2015, e após diversas reuniões com CGE, PGE e Ministério das Cidades, em 2017 foi fechado um acordo. Mas a esperança durou pouco.

Em agosto de 2017, a Polícia Federal deflagrou a Operação Descarrilho, revelando mais corrupção no projeto. O governo rompeu o contrato em dezembro de 2017, e em fevereiro de 2018, o TJ confirmou a rescisão. Ou seja, o VLT estava oficialmente morto — mas Cuiabá e Várzea Grande ficaram sem nenhuma alternativa.

MAURO MENDES: PROMESSAS, ENGANAÇÃO E UM RETROCESSO CHAMADO BRT

Nas eleições de 2018, Mauro Mendes surfou na onda do caos e prometeu resolver tudo em 30 dias. O que aconteceu? Nada. Depois de sete anos, a única coisa que avançou foi a destruição do que já havia sido feito.

Ao invés de lutar para concluir o VLT — que já estava 70% pronto e com todos os vagões comprados, Mauro Mendes ressuscitou o BRT, o mesmo modal descartado em 2011. Mas dessa vez, com um detalhe: sem planejamento, sem projetos, sem licenças e com um atropelamento completo do processo legal. O governador impôs a troca na marra, sem debate com a sociedade e ignorando os interesses da população.

E o que aconteceu? A obra do BRT foi paralisada por brigas entre o governo e o consórcio responsável. Não há acordo oficializado, não há transparência, não há cronograma confiável.

Para piorar, Mauro Mendes tentou jogar a culpa para os outros. Em uma entrevista patética, tentou se eximir da responsabilidade pelo monstro que criou. Mas a realidade é uma só: o governador acompanhou toda essa tragédia de perto por 11 anos. Primeiro como prefeito de Cuiabá (2013-2017), depois como governador (desde 2019). Ele teve poder para mudar o rumo da história e escolheu piorar a situação.

O ENTERRO DO SONHO: VAGÕES DO VLT SEGUEM PARA A BAHIA

O momento mais simbólico desse desastre foi ver os vagões do VLT — um transporte moderno, rápido, sustentável e digno — sendo levados em caminhões para a Bahia. Enquanto Cuiabá e Várzea Grande perdiam um transporte usado na Europa, Austrália, China e EUA, o Nordeste comemorava o presente.

O que nos resta? Um BRT que não sai do papel, um transporte público cada vez pior e uma população que foi enganada, desrespeitada e humilhada. O retrocesso foi imposto goela abaixo, e agora somos obrigados a aceitar um sistema inferior ao que já estava quase pronto.

CONCLUSÃO: 15 ANOS JOGADOS NO LIXO

Se há algo claro nesta cronologia do horror, é que todos os governos falharam miseravelmente. Mas Mauro Mendes, por ter acompanhado cada etapa, é o maior responsável por esse caos na mobilidade urbana. Foram 11 anos com a caneta na mão — e nenhuma solução real.

Cuiabá e Várzea Grande não receberam um novo transporte. Pelo contrário, perderam um sistema que já estava em fase avançada de execução. O que nos resta agora é o velho jogo político, promessas vazias e um transporte público precário que condena a população ao sofrimento diário.

O VLT foi um erro? Talvez. Mas o BRT sem planejamento é um desastre ainda maior. E quem paga essa conta não são os políticos — é o povo mato-grossense.

Deputado aciona STF para barrar votação de lista do MPMT para desembargador

Pablo Rodrigo-GD

Em mais uma tentativa de barrar a escolha do ex-procurador-geral de Justiça (PGJ), Deosdete Cruz Júnior como desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o deputado federal Emanuelzinho (MDB) ingressou com uma reclamação com pedido de liminar junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para anular o ato administrativo do Ministério Público de Mato Grosso oficializou a lista quadrupla encaminhada à Corte Estadual.  

A sessão que votará nos candidatos do MP para a formação da lista tríplice para encaminhar ao governador Mauro Mendes (União) para sua livre escolha e nomeação, ocorre hoje (27) às 13h30.  

Como justificativa, o parlamentar alega que sua reclamação contra Deosdete, e que poderá transformar em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), ainda não julgado, e que o Conselho Superior do MP mato-grossense ‘ignorou’ tal fato ao acatar o nome do ex-chefe do MP.  

O pedido ainda usa o vídeo feito pelo procurador de Justiça, Domingos Sávio, onde ele critica a possibilidade de se ter um Ministério Público ‘chapa branca’ em relação ao ‘mandatários de ocasião’. Para o parlamentar, o vídeo teria ligação direta com as articulações e indicação de Desodete Cruz Júnior para a vaga de desembargador    

“Em importante pronunciamento o Procurador de Justiça do MPMT Domingos Savio Arruda, insinuou em vídeo que a votação da lista sêxtupla e a consequente indicação por parte do Governador a vaga de Desembargador do TJMT, bem como o comportamento pregresso do candidato Deosdete Cruz Júnior poderia suscitar o que convencionou-se chamar indicação chapa branca”, justifica no pedido.   

Ele ainda cita o trecho e quem Domingos Sávio critica a possibilidade de um “inescrupuloso toma lá, dá cá, urdido nos palácios ou em jantares secretos. O sujeito, encantado com os brilhos do poder e sonhando com as vantagens que ele pode lhe proporcionar, se ajoelha diante do mandatário e torna seu vassalo, um fiel escudeiro”.  

Além do pedido para anular a lista elaborada pelo MP, Emanuelzinho também quer que a liminar anule qualquer ato futuro de nomeação ‘por parte do governador do estado de mato grosso de qualquer dos membros do MPMT que compõe a lista sêxtupla (ato coator) em especial o promotor de justiça Deosdete Cruz Júnior”.

Vereadores Rogerinho e Galibert solicitam requerimento sobre arrecadação e destinação dos recursos dos radares em Várzea Grande

Na última sessão ordinária, realizada no dia 25, o vereador Rogerinho da Dakar subiu à tribuna após a fala do vereador Galibert, que havia cobrado a retirada dos radares fixos em Várzea Grande. Galibert destacou que essa retirada era uma promessa de campanha da prefeita eleita Flávia Moretti e salientou que os radares continuam onerando os moradores da cidade. Ele exemplificou a situação no bairro Mapim, onde a placa R9, exigida pelo CONTRAN, está ausente.

Apoiando o discurso de Galibert, Rogerinho reiterou sua posição a favor da remoção dos radares fixos. Ele lembrou que, em uma gestão anterior, foi responsável pela Lei nº 4.677/2020, que proibiu os radares móveis na cidade. Rogerinho argumentou que essas ferramentas são mais formas de arrecadação do que instrumentos de segurança, sublinhando que alternativas como faixas elevadas são mais eficazes na redução de velocidade e proteção dos pedestres, sem comprometer a mobilidade urbana.

Além disso, os vereadores Rogerinho e Galibert apresentaram um requerimento solicitando detalhes sobre a arrecadação e o destino dos recursos gerados pelos radares. Eles também pediram informações sobre o contrato de concessão com a empresa Vip Leilões, que lida com veículos apreendidos, e questionaram as taxas consideradas abusivas cobradas pelo pátio e o serviço de guincho.

O intuito dos vereadores é garantir transparência na gestão desses recursos e encontrar soluções realmente eficazes para a segurança viária de Várzea Grande, ao mesmo tempo em que asseguram que as promessas de campanha sejam cumpridas.

Concursos: projeto prevê que dupla graduação tenha peso em prova de títulos

Um projeto apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) prevê que a dupla graduação tenha peso em prova de títulos para concursos. De acordo com o PL 407/2025, quando aplicada a avaliação por títulos, poderão ser pontuados, entre outros, os diplomas de conclusão de graduação, de segunda graduação, de especialização, de mestrado e de doutorado. A senadora lembra que, atualmente, os editais consideram somente uma das graduações caso o concurseiro tenha mais de uma e passa a aumentar a nota conforme existam outras pós-graduações ou mestrados e doutorados.

“Não é justo que uma pós-graduação com carga horária de 340 horas-aula tenha seu valor reconhecido, enquanto uma graduação acadêmica, com carga horária entre 2.400 horas e 7.200 horas, não seja considerada para pontuar”, argumenta Damares.

A proposta também vai permitir às bancas organizadoras de concursos pontuar a prestação de serviço voluntário não remunerada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada sem fins lucrativos. O objetivo, segundo a autora, é valorizar e incentivar os milhares de voluntários em todo o Brasil, que têm doado seu tempo para ajudar pessoas em situação de risco e vulnerabilidade, “garantindo que, como recompensa, estes voluntários recebam uma pontuação nas avaliações de títulos para os concursos públicos”.

A matéria foi protocolada junto à Mesa do Senado em 12 de fevereiro e aguarda a distribuição para as comissões.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Gripe Aviária impulsiona exportações brasileiras de carne de frango

A Influenza Aviária tem sido um fator determinante para o aumento das exportações brasileiras. Desde janeiro, mais de 34 países relataram surtos da doença, afetando a produção global. Os Estados Unidos têm enfrentado um dos piores surtos de influenza aviária de sua história.

O vírus H5N1, altamente patogênico, se espalhou rapidamente por diversas regiões do país, atingindo estados produtores-chave como Geórgia, Carolina do Norte e Arkansas. Como consequência, milhões de aves precisaram ser abatidas, reduzindo drasticamente a oferta de carne de frango e ovos.

Esse problema interno dos EUA, um dos principais concorrentes do Brasil, fez com que reduzissem as exportações em 367 mil toneladas em 2024. Além disso, na União Europeia, países como Alemanha, Reino Unido e Polônia também enfrentam restrições devido à doença, impactando suas exportações.

Diante disso, o Brasil se mantém como o maior exportador mundial de carne de frango, beneficiando-se de um fator crucial: até o momento, não houve registro de influenza aviária em suas granjas comerciais. Essa condição sanitária favorável tem assegurado ao país uma posição competitiva no mercado internacional de proteínas.

Além do controle sanitário rigoroso, o setor avícola brasileiro é altamente estruturado, permitindo a expansão da produção sem comprometer a qualidade e a segurança dos alimentos. Grandes empresas do ramo, como BRF e JBS, estão ampliando sua capacidade produtiva e ajustando estratégias de exportação para atender à crescente demanda, especialmente diante das dificuldades enfrentadas pelos EUA e outros países impactados pela doença.

O Congo, por exemplo, aumentou suas compras de carne de frango brasileira em 26% no ano passado. O México também tem sido um destaque, ampliando suas importações em 650% em janeiro de 2025, impulsionado pela renovação do Programa de Abertura Contra a Inflação e a Carestia (PACIC). Historicamente dependente dos EUA, o país tem diversificado suas compras devido às dificuldades sanitárias enfrentadas pelos norte-americanos.

Diante desse cenário, o Brasil se consolida como um dos principais fornecedores de carne de frango do mundo. A tendência é de que a pressão da Influenza Aviária sobre a oferta global continue direcionando mais importadores ao produto brasileiro, especialmente no segundo semestre, período tradicionalmente mais forte para as exportações.

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Fonte: Pensar Agro

Mais uma captação ganha monitoramento em tempo real em Várzea Grande

A implementação desses equipamentos é parte do plano estratégico da atual gestão para evitar interrupções no abastecimento causadas por sabotagens e depredações

O Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), em parceria com a secretaria de Viação, Obras e Urbanismo, segue ampliando a segurança das estruturas de captação e tratamento de água do Município. Ontem (25), a Captação da ETA Barra do Pari recebeu um sistema de monitoramento por câmera, garantindo vigilância em tempo real e reforço na proteção contra furtos e atos de vandalismo.

Esse avanço dá continuidade ao trabalho iniciado na semana passada, com a instalação da primeira câmera na Captação da ETA Júlio Campos. A implementação desses equipamentos é parte do plano estratégico da atual gestão para evitar interrupções no abastecimento causadas por sabotagens e depredações, que já prejudicaram significativamente a distribuição de água na cidade.

As câmeras instaladas nas Captações trazem tecnologia de ponta, incluindo visão 360° e 180°, zoom óptico de 30x e infravermelho, permitindo um monitoramento detalhado em qualquer período do dia. A vigilância será feita em tempo real tanto pelo DAE quanto pela Guarda Municipal de Várzea Grande, que já vem intensificando as rondas nos pontos mais críticos para evitar novos problemas.

O diretor-presidente do DAE, Sandro Azambuja, destacou a importância dessas ações para garantir o funcionamento contínuo do sistema de abastecimento: “Com as câmeras e o reforço da Guarda Municipal, conseguimos agir rapidamente para evitar prejuízos. Nossa prioridade é garantir que a água continue chegando às torneiras dos moradores”, declarou.

INVESTIMENTOS CONTÍNUOS EM MONITORAMENTO – A instalação das câmeras será ampliada para outras unidades de captação e distribuição de água nos próximos dias. Além disso, o DAE está em processo de adesão ao programa estadual Vigia Mais MT, que trará um reforço ainda maior na segurança das estações e pontos estratégicos do sistema de abastecimento.

A população também pode colaborar denunciando qualquer ato de vandalismo ou tentativa de sabotagem diretamente pelo WhatsApp da Guarda Municipal, ajudando a proteger o abastecimento de água de Várzea Grande.

Fonte: Prefeitura de Várzea Grande – MT

Técnicos do Ministério da Saúde visitam unidades de saúde de Várzea Grande 

A visita técnica é uma forma de conhecer a realidade do Município e dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelas unidades de saúde no que se refere ao atendimento, ao diagnóstico e ao tratamento dessas doenças

Com o objetivo de fortalecer a resposta ao enfrentamento às arboviroses, o município de Várzea Grande, recebeu nesta quarta-feira (26), uma equipe de profissionais técnicos do Ministério da Saúde. Eles vieram observar a condução dos procedimentos médicos, bem como a estrutura física e clínica das unidades para os pacientes com sintomas de dengue, zika e chikungunya, e posteriormente, a continuação do tratamento.

A enfermeira da Fundação Nacional do Sistema Único de Saúde (FNSUS), Neylane Moura, e o Apoiador Institucional do Ministério da Saúde, Fernando Brandini – juntamente com a equipe das secretarias de Saúde do Estado e Município – visitam a Unidade Básica de Saúde do bairro Marajoara, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Ipase e o Pronto-Socorro e Hospital Municipal.

Os representantes do governo federal fizeram levantamentos em todas as unidades, conversaram com os médicos e gestores, bem como observaram a atuação de atendimento em cada local visitado. Eles terão como missão fazer um relatório funcional de cada unidade e os apontamentos, que se fizerem necessários, para a melhor qualidade na prestação do serviço.

O superintendente da Atenção Primária, Márcio Frederico Macedo Arruda, informou que a visita técnica é uma forma de conhecer a realidade do Município e dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelas unidades de saúde no que se refere ao atendimento, diagnóstico, tratamento e demais procedimentos realizados a partir da confirmação da doença.

O superintendente fez questão de reforçar que os “técnicos do MS não vieram a Várzea Grande para fiscalizar o município, muito pelo contrário. Eles estão buscando entender o trabalho desenvolvido no que tange às arboviroses. Mato Grosso tem contabilizado aumento nos casos de arbovirores, e essa é uma questão preocupante e que necessita de ações e medidas que promovam a prevenção e tratamento das doenças”.

A subsecretária e diretora do Pronto-Socorro, Érika Auxiliadora Duarte Carvalho, destacou a importância da visita dos representantes do governo federal, na busca de informações e na percepção da realidade de cada ambiente visitado. “O nosso município está de portas abertas. É importante esse levantamento das unidades e dos atendimentos prestados. Desde que assumimos a pasta, já realizamos várias melhorias, mas estamos trabalhando para avançar muito mais. Estamos num caminho de construção e o olhar e apoio do governo federal é muito importante para a melhoria na nossa rede de atendimento à saúde”.

A servidora da secretaria de Saúde e que atua na gerência de monitoramento da Atenção Primária, Alessandra Stefans, lembra que Mato Grosso está no contexto nacional nos casos de arboviroses, e que os casos de óbitos de chikungunya são os maiores registrados no Brasil. “Por isso foi proposta essa série de visitas, tanto em Várzea Grande, como em Cuiabá. Neste primeiro momento é a parte da visitação, para entender o serviço, apoiar e orientar. Também teremos a parte das oficinas que vai envolver tanto os gestores como profissionais da saúde para trabalharem juntos e encontrar solução de uma melhor assistência, e também, para organizar a rede de Saúde”, destacou.

CAPACITAÇÃO – Nesta quinta e sexta-feira (27 e 28) os gestores e profissionais da secretaria de Saúde, de Várzea Grande e Cuiabá estarão participando de uma oficina: ‘Estratégias Integradas para a Organização da Rede de Atenção e do Manejo Clínico das Arboviroses’, no hotel Fazenda Mato Grosso.

O evento tem por objetivo qualificar profissionais e gestores da Atenção Primária à Saúde (APS), da rede de Urgência e Emergência, na implementação de estratégias integradas para a organização e no manejo clínico da dengue, por meio da formação de multiplicadores.

Fonte: Prefeitura de Várzea Grande – MT